quarta-feira, abril 26, 2006

Faggiani. um blog

Atualizem seus endereços. FAGGIANI.

Meu novo blog é http://faggiani.wordpress.com

Um sistema muito mais avançado. Já importei todo este blog para lá. Separei posts em categorias. Lindo de ver. Alguns posts estão em mais de uma categoria.

Não linkei tudo que estava à esquerda. Se você estiver sentindo falta do seu link, avise-me.

A gente se encontra no FAGGIANI.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Quando os olhos procuram

Se eu ganhasse dinheiro pela minha verdadeira profissão, eu ficaria rico. Minha verdadeira profissão, para quem não sabe, é procurar respostas (para as Grandes Questões).

Os pragmatistas dizem que uma afirmação vale mais do que a outra se permite melhores conseqüências práticas. Desse modo, a verdade não importa realmente. A solução pragmática de não procurar respostas para as Grandes Questões é uma boa solução. Mas às vezes o mundo salta aos olhos de maneira mais chamativa, tornando inevitável pensar sobre o que é tudo isso que respiramos, e sobre o que é não respirar.

Por vezes, parece-me ridiculamente igual estudar para ser um bom moço e sair por aí quebrando tudo da pior forma possível. Igual porque o fim é igual e os caminhos são relativos. Quando os olhos procuram, eles encontram a verdade de que valores são tão arbitrários e efêmeros quanto a vida.

As Grandes Questões têm tantas respostas quanto a imaginação permite. O problema não é escolher uma entre todas. Isso é possível. O problema é saber que isso é uma escolha (ou uma imposição) e não uma resposta fidedigna. Devido a esse fato, tudo que existe aparece um pouco gasto e um pouco chato.

Por que diabos levantar às 4:30h para ir ao outro lado da cidade em busca de um conhecimento que inevitavelmente vai me proporcionar pouca grana? Por que ao invés disso eu não vou até o malandro mais próximo e digo que quero me filiar ao partido que vai dominar o Brasil muito em breve?

Eu sei por quê. Porque eu aprendi a ir ao outro lado da cidade! Por isso: porque eu aprendi. E quando digo isso, afirmo também que o malandro aprendeu, e que você aprendeu, seja lá qual o seu caminho. E assim deixo subentendido que nem eu e nem o malandro e nem você estamos certos ou errados. Aprendi a questionar e aprendi a relatividade. E outros aprenderam outras coisas, por motivos estes ou aqueles.

A questão importante, por isso, é o que ensinar. A realidade vai ter o sabor do aprendizado e as Grandes Questões têm as respostas do aprendizado.

Nossa consciência não se rebela contra o mundo sem um acontecimento para lhe dar corda.

domingo, fevereiro 12, 2006

Assuntos blogcráricos e links

Eu mudei o sistema de comentários. Isso fez com que eu perdesse cada comentário feito até hoje, em mais de um ano de blog. Parece assustador, mas não é, e eu explico por quê. O sistema de comentários que eu usava só retinha os últimos 4 meses de comentários. Ou seja, mais de 8 meses já estavam perdidos. Agora tudo permanecerá. Saí ganhando.

A única coisinha chata é que agora eu pedi uma verificação de palavras. É para evitar os bots que ficam comentando coisas como "buy now" e etc. Comentem, cidadãos, ou vocês não estão felizes?


Blogs que você deve visitar

Vou falar de alguns blogs que eu leio e que você deveria visitar.

Tenho que começar pelo Blog da Bina. A Bina é uma jornalista consagrada, morando em Porto Alegre. Posts engraçados e inteligentes. Ela mora em POA, Brazil.

Tem o Darshanas, do meu amigo Caio Melo. Estudante de Psicologia e yoguin. Entendo o Darshanas como um meio de divulgação da filosofia do Yôga, além de reflexões.

O Instituto de Catexia Online é pura poesia em forma de prosa. Vale a pena conferir as descrições das receitas que aparecem às vezes.

Meu amigo Tsu surpreendeu com o Filósofo de boteco. Nas palavras dele "Sou um filósofo moderno, substituí a Ágora pelo boteco".

Outro jornalista assina o Fodecasting. Recém nascido. Vamos ver o camarada Henrique mandar ver e depois criticamos melhor.

Achei por aí o Diário de um cético. Posts curtos e significativos. O tal Cunhalua manda bem, vale a pena visitar.

Não comento os outros blogs que ficam na coluna da direita porque eles não estão sendo atualizados. Mas todos valem a pena, ou vocês acham que eu leria lixo?

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Floripa

Deixa eu falar de Floripa, pois ainda não falei. Estive lá e tudo estava onde deixei. As pessoas continuam boas, a Mole continua linda, a UFSC continua indo, meus amigos bebem cerveja, comemos em toalhas sujas e rimos de barriga cheia.

A água continua fria. E entro curtindo a água que odeio fria. Tem praia pra todo lado, festa que emenda festa, chuva que entope esquina. Terça teve trilha. Ainda me querem as que me queriam. Domingo de manhã na artilharia, de tarde, almoço delícia.

E daí volto pra sampa. Sem trauma. Ao invés de susto, surpresa. Descubro empolgado que vivo perfeitamente em duas casas.

5 ? !

Descobri que serei obrigado a ter cinco filhos. Isso porque gosto muito de cinco nomes, e cada um dos meus filhos vai ter que ter um. Para quem nem tem certeza se quer filhos, ser obrigado a ter cinco não é algo agradável. Uma solução alternativa é escrever um livro em que os personagens tenham meus nomes preferidos. Mas ainda acho que ter cinco filhos é mais fácil do que escrever um bom livro.

Os nomes, né? (por ordem alfabética)
Augusto, Camila, Gustavo, Luana e Pamela.

Espero não lembrar de mais nenhum...

quinta-feira, janeiro 26, 2006

E hoje é dia de...

Florianópolis!

Não sei se vou escrever de lá. Provavelmente sim.

Desejo-me uma boa viagem.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Quatrocentos e cinqüenta e dois

Parabéns, São Paulo!

Tudo de bom nessa vida.

Cidade jovem ainda, comparada com outras, mas bastante velha comparada com muitas outras mais.

452 velinhas.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Iago, Coringa, Sr. Smith

Herói não tem muita graça. Eles são aqueles caras protegidos por alguma força (seja Deus, ou seja a moral) que derrotam vilões muito mais interessantes do que eles.

Em briga de vilão e herói, normalmente torço pelo empate. Porque bandido ganhar até é legal, mas nem sempre. Por empate eu quero dizer conhecer a dona Morte. Nada de conversões, nada de arrependimento, nada de amizade. Até por que bem e mal são duas palavras muito bestas usadas por quem não entende nada do mundo.

Dos vilões dos quadrinhos, meu preferido é o Coringa. Diz aí, aquilo sim é que é vilão! O cara é muito mais esperto do que o Batman porque o pensamento dele não tem limite. O Batman é só metade do louco que o Coringa é. Ele só não mata o morcegão de uma vez por causa da proteção do selo DC. Se eu fosse da DC, mataria o Batman e mudaria o nome da revista para Coringa.

O que me dizem do Neo? Aquele bundinha era só um anti-vírus para acabar com o todo-poderoso Sr. Smith. Aqui entre nós, tudo que o agente queria era sair daquela prisão. Ele queria liberdade, pô. Na própria história fica claro que todo mundo que tava na matrix era semi-morto. Deixa o cara na boa. Mas não... tem que surgir um cara confuso... O primeiro filme é o melhor já feito, mas os outros dois acabaram com tudo. Um herói que é um anti-vírus é dose!

Otelo é uma coisa tosca perdida no mundo. Personagem fantoche. "Otelo" devia se chamar "Iago". Ele é o cara. Acho que até o Coringa acabaria sendo manipulado pelo rapaz ciumento. Se alguém entende de gente, esse alguém é o Iago. O livro é a história dele. Todas as outras pessoas são cenário para a atuação do grande mestre Iago. Fã fã fã.

Quem nasce primeiro, um herói ou um vilão? Esta é a pergunta de um milhão de dólares.

Mais vilões admiráveis? Mandem bala nos heróis.

domingo, janeiro 22, 2006

Dia de sol e mar

Bastou eu sair de Florianópolis para meu amor por praias reaparecer! Lá eu estava enjoado de tanta areia fofa e mar azul. Sol, cerveja, água... enjoativo demais...

Mas agora eu sou paulistano novamente, e como bom paulistano eu adoro "invadir sua praia". Pelo menos não sou porco, pois ainda grito "fora haole". O problema é que sou haole... Confuso!

Ontem eu passei o dia em Santos. Sol, cerveja, água... bom demais! Depois churrasco, filosofia de frente para o reflexo da lua no mar, cerveja. Novas pessoas boas à minha coleção de conhecidos que são pessoas boas.

Dia inusitado, calor exagerado, mar saturado, quente qual diabo, rindo absurdado, tomando só gelado, chega desse papo, era rima: é cansaço.

Então, este é um daqueles posts que descrevem situações que só fazem sentido para quem esteve lá. Aqueles posts que o cara tenta dizer quanto o dia foi bom, mas ninguém consegue desenvolver empatia.

Não tem problema. Eu sei que foi bom. E foi tão bom, que coloco este texto sem efeito só para me lembrar melhor desse dia quando ler os arquivos daqui a um ano.

domingo, janeiro 15, 2006

Carta do amor exagerado

Meu amor,
Perdoa-me por chamar-te de meu amor. Sei com o coração pesado que já não estamos juntos, mas não posso resistir a este eco do passado.

Escrevo-te porque não sou infinito e tu também não és. Caso pudéssemos viver para sempre, a carta não teria sentido. Na alma eu saberia que em um dos dias a vir, desta ou de outra geração, ficaríamos juntos, pois apenas nós caberíamos um no outro. Contra o meu gosto, porém, a vida tem limite imprevisível e preciso falar a ti, mais esta vez, que te amo.

Esta carta é o último sopro de uma esperança em decadência. Ela não morrerá, mas mudará qual lagarta. E esta minha vida, estou a abandonando, sendo estas palavras o selo de um tempo para o início de outro. A missiva é um sorriso que uma vida ingênua dá a outra, na tentativa de fazer perdurar o amor, sem saber que meu amor por ti não poderia ter fim.

Talvez as palavras rebusquem demais o que sinto, ou façam parecer que meu amor é demasiado fantasma, demasiado etéreo para ser apreciado. Ou talvez o oposto ocorra: as palavras podem esconder a liberdade do meu amor. Pois eu digo com quaisquer palavras e sem confusão: amo-te simplesmente, de modo livre e certo.

Amo em ti teus olhos, e o que sai da tua boca, e o carinho que tua mão faz. Amo teu modo de sorrir, teu grito de raiva e teu abraço de amor. Amo como te despias para mim nas noites loucas. Amo tua voz doce, tuas pernas onipresentes, teus dedos de piano, tuas costas de seda e até teus passos mais trôpegos.. Amo-te toda, amo-te tanto... Minha existência balança quando te vejo, e mesmo quando lembro de ti seguindo um fio solto da memória, tremo, e rezo ateu por tua felicidade.

Não tentes decifrar meu amor, nem penses em como me responder de forma delicada. Não tens de me responder, amando-me ou não. Também não deves sentir-te lisonjeada ou pesada. O que sinto não tem intenção de cansar-te nem de elevar-te. É simplesmente amor. Então nada te peço, senão que aceites meu sentimento. Isto te peço, e só: aceita meu amor que é, de fato, teu.

O mundo, se falasse, diria que é meu amigo, pois te mostrou a mim. Tu és minha professora da vida. Querer-te e não poder dividir contigo o mundo é a máxima lição a ser aprendida. Tu me dás esta lição com um sorriso pleno e sem nenhuma maldade, e assim entendo, mesmo mergulhado em sofrimento, a natureza de tudo quanto existe: a verdade maior da impermanência, e como gera a dor que também deverá sumir. Mas aprendi também que meu amor por ti é mortal na mesma medida em que sou, e só comigo deixará este mundo.

Não sinto mais o amor fraco da dependência, o qual permite o desmembramento da razão. Amo-te o amor maduro do homem para a mulher. Tua felicidade quero sempre, junto ou longe de mim. Assim também, minha festa não exige tua presença, mas a convida ternamente, sabendo da luz que irradia de ti por seres quem tu és.

É-me difícil encerrar esta carta, pois lendo tu pensas em mim, e ao fim dela posso ter acabado. Queria poder manter em ti o pensamento em mim e ter o poder de conjurar-te com estas palavras tolas.

Entende que isto não é papel, e sim verdadeiros fatos. Meu amor é largo e concreto. É desejo de cuidar de ti, paixão por ver-te livre e crescendo. Meu amor são mãos firmes para construir contigo a vida como nos convir. Sou corpo, e sou mundo, e sou para ti. Sou beijos, carícias e servo da paixão nas noites longas. Sou forte quanto precisares, rocha pontiaguda contra teus problemas, ombros macios para tuas mágoas.

Sem ti eu vivo em um mundo,
Contigo eu viveria em dois.

Eu te amo.
F.